O PODER DO EXEMPLO

quarta-feira, 19 de março de 2008


Por: Gilson Bifano

Podemos aprender conceitos e atitudes através de várias maneiras. Uma delas é por meio da imitação, do exemplo.

Isso fica claro quando assistimos o filme "Vem dançar", tendo como ator principal Antonio Bandeiras. Ele interpreta Pierre Dulaine um professor de dança que resolve investir seu tempo, como voluntário, no ensino de dança de salão a jovens violentos de um bairro pobre de Nova York.

Numa das cenas, Dulaine está numa sala para falar com a diretora. Enquanto esperava para ser atendido, demonstrou por uma ou duas vezes gentileza para com as pessoas que saiam ou entravam na sala de espera. Sempre se levantava para abrir gentilmente a porta de saída. Naquela mesma sala, um dos seus futuros alunos o observava.

Enquanto Dualine estava sendo atendido pela diretora, o menino, já sozinho na sala de espera, repete o gesto que observara atentamente. Levanta-se e abre gentilmente a porta para uma senhora.

Nenhuma palavra Dulaine dirigiu ao menino, apenas o exemplo.

Um dia desses estava lendo 2 Reis. Procuro ler os livros históricos com uma atenção redobrada. Muitos detalhes nos textos podem passar despercebidos.

Um dos textos que me causou impacto está registrado em 2 Reis 17.41, na sua última parte. Diz assim: "Até hoje seus filhos e seus netos continuam a fazer o que os seus antepassados faziam´.

Que eles faziam? Lendo os capítulos anteriores, desde o seu início, verificamos que as práticas religiosas não eram as recomendadas por Deus a seu povo. Aquela geração estava imitando os costumes detestáveis das nações que o Senhor havia expulsado de diante dos israelitas (2Rs 16.3).

Além disso, oferecia sacrifícios e queimava incenso nos altares idólatras (2Rs 16.4).
Mais adiante, em 2 Reis 17, vemos o triste desfecho. Israel é deportado para a Assíria. Do versículo 7 ao 23 há um relato do quanto Israel havia se afastado de Deus, ao ponto de queimar seus próprios filhos e filhas, além de praticar a feitiçaria (2Rs 17.17).

Mesmo tendo Deus enviado um sacerdote para lembrar a Israel os mandamentos divinos (2Rs 17.28), o povo mantinha a rebelião espiritual. Então o texto é concluído com a frase "Até hoje seus filhos e seus netos continuam a fazer o que os seus antepassados faziam´.

Filhos e netos aprendem a adorar a Deus, ou não, observando os pais e avós.

O que estamos ensinando aos nossos filhos e netos? Estamos ensinando, através da prática, o valor da Bíblia e da oração? Estamos vivendo o valor de temer a Deus? Estamos ensinando, através do dia a dia, uma religião que deve ser praticada somente aos domingos ou uma religião que não se restringe somente às quatro paredes do templo, mas que é vivenciada todos os dias da semana?

A igreja de amanhã será o espelho do cristianismo que vivemos hoje em nossos lares. Se vivemos em nossos lares, o amor para com o próximo, teremos, no futuro, um cristianismo preocupado em fazer o bem aos mais desafortunados.

Se vivemos em nossos lares, hoje, a paixão em evangelizar, teremos, amanhã, uma igreja evangelizadora. Se em nossa família hoje demonstramos amor para com missões, teremos amanhã uma igreja cada vez mais missionária. O futuro da igreja está em primeiro lugar nos lares. É no lar, no seio da família, que estamos moldando a igreja do amanhã.

Pegue sua Bíblia e leia 2 Reis 17.41 e faça a seguinte pergunta a si mesmo: "O que faço hoje, como pai, mãe, avô ou avó está ajudando ou prejudicando a continuidade da fé cristã na vida de meus filhos e netos?".
Fonte: escoladepais@yahoogrupos.com.br